Nos últimos dois anos, vimos o movimento estudantil brasileiro sacudir muitas universidades e escolas por todo o país. A partir da Ocupação da Reitoria da USP, diversas ocupações seguiram e mostraram que os ataques sobre a Educação Pública, gratuita e de qualidade vão encontrar muita resistência.
Em 2007, os estudantes do país conquistaram muitas vitórias: na USP, parte dos Decretos do Serra foi derrotada e nas Universidades Federais de todo o país, as Reitorias precisaram da força e da repressão policial sobre a mobilização estudantil para aprovar o REUNI. A força dessa luta acumulou para os próximos embates que virão que é a implementação do REUNI nas salas de aula.
No ano de 2008, as lutas continuaram, ampliando o questionamento a tudo o que serve e representa à aplicação do projeto neoliberal sobre a Educação, como a falta de democracia nas universidades e escolas e a crescente relação das universidades públicas com o capital privado, como através das corruptas Fundações privadas ditas de apoio. Inspirados na USP, os estudantes da UnB garantiram mais vitórias ao movimento estudantil, derrubando o Reitor, toda a corja corrupta e mostrando a força do novo movimento estudantil.
O que pudemos observar ao longo dessas fortes lutas foi a ausência de um fórum nacional do movimento estudantil que pudesse unificar, nacionalizar e, por conseqüência, fortalecer o movimento estudantil brasileiro. A UNE, que deveria cumprir este papel, optou por ficar ao lado do governo, defendendo a Reforma Universitária e o REUNI.
Em Julho, várias Executivas e Federações de Curso, em seus Encontros Nacionais, aprovaram a construção de um grande Congresso Nacional de Estudantes que pudesse servir para articular as lutas nacionalmente e para debater os rumos do movimento estudantil brasileiro. A partir do segundo semestre, DCE’s, CA’s, DA’s e Grêmios também se incorporaram a essa construção.
A partir disso, fazemos um chamado a todos e todas pra construírem o Congresso com este caráter, para unificar as mobilizações e cumprir a tarefa histórica de reconstruir o movimento estudantil brasileiro e constituí-lo de forma independente, democrática e combativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário